Terça, 03 Outubro 2017 15:01

Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade

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Um dos transtornos comportamentais de maior incidência na infância e na adolescência é o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade. Segundo pesquisas realizadas em diversos países este transtorno acomete 5% da população em idade escolar. Considera-se uma síndrome clínica tendo como base o déficit de atenção, hiperatividade e impulsividade caracterizado como tríade sintomatológica. Embora não há necessidade que todos os sintomas estejam presentes simultaneamente.

As crianças que apresentam sintomas de TDAH, se não diagnosticadas e tratadas, poderá apresentar prejuízos futuros. Evidenciando inicialmente, baixo rendimento escolar, perda da autoestima, ansiedade, tristeza, perda da motivação nos estudos passando a reprovar de ano. Apresenta prejuízos nos relacionamentos sociais podendo desencadear episódios de depressão.

Segundo o DSM-5 (Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais 5ª Ed. 2013) segue abaixo os sintomas do transtorno:

Sintomas de desatenção:

  • Deixar de prestar atenção a detalhes ou comete erros por descuido em atividades escolares, de trabalho ou durante outras atividades.
  • Ter dificuldade de manter a atenção em tarefas ou atividades lúdicas
  • Não escutar quando lhe dirigem a palavra
  • Não seguir instruções e não termina deveres de casa, tarefas domésticas ou tarefas no local de trabalho.
  • Ter dificuldade para organizar tarefas e atividades
  • Evitar, não gostar ou relutar em se envolver em tarefas que exijam esforço mental prolongado (tarefas escolares, deveres de casa, preparo de relatórios etc.).
  • Perder objetos necessários às tarefas ou atividades
  • Ser facilmente distraído por estímulos externos (para adolescentes mais velhos e adultos pode incluir pensamentos não relacionados)
  • Ser esquecido em relação a atividades cotidianas.

Sintomas de hiperatividade e impulsividade:

  • Remexer ou batucar mãos e pés ou se contorcer na cadeira
  • Levantar da cadeira em sala de aula ou outras situações nas quais se espera que permaneça sentado (sala de aula, escritório, etc.).
  • Correr ou subir nas coisas, em situações onde isso é inapropriado ou, em adolescentes ou adultos, ter sensações de inquietude.
  • Ser incapaz de brincar ou se envolver em atividades de lazer calmamente
  • Não conseguir ou se sentir confortável em ficar parado por muito tempo, em restaurantes, reuniões, etc.
  • Falar demais
  • Não conseguir aguardar a vez de falar, respondendo uma pergunta antes que seja terminada ou completando a frase dos outros.
  • Ter dificuldade de esperar a sua vez
  • Interrompe ou se intrometer em conversas e atividades, tentar assumir o controle do que os outros estão fazendo ou usar coisas dos outros sem pedir.

Vale ressaltar que todas as crianças e adultos são em algum nível inquietos, desatentos e impulsivos, isso não quer dizer que essas pessoas possuem o TDAH. Para identificar o transtorno, é importante que seja feita uma avaliação sobre vários aspectos da vida da pessoa. Envolve detalhado estudo clínico com pais, com a criança e com a escola. Existem escalas de avaliação padronizadas para pais e professores que podem ser utilizadas na investigação. O diagnóstico demanda entre outras coisas que estes sinais ocorram em diferentes contextos e que haja prejuízo claro no funcionamento social, familiar e acadêmico da criança ou do adolescente.

No geral, antes de iniciar uma avaliação diagnóstica é preciso que a criança apresente seis ou mais desses sintomas, presentes por mais de seis meses em pelo menos dois ambientes (Exemplo: casa e escola), e que os sintomas sejam inconsistente com a idade, ou seja, ser mais inquieto ou desatento que o esperado para uma determinada faixa etária.

A causa do TDAH vem sendo estudada, ainda não estão bem estabelecidas. Acredita-se que sua causa tem origem multifatorial, tendo como fator importante a herança genética. Segundo Teixeira (2014, p.67) “Filhos de pais hiperativos possuem maior chance de terem o transtorno, assim como irmãos de crianças hiperativas possuem até duas vezes mais chances de apresentarem o diagnóstico quando comparados com irmãos sem o transtorno”. Portanto, cientificamente ainda não foi comprovado se a causa é inata (genética) ou adquirida (ambiente). Estudos neuropsicológicos sugerem alterações na região do córtex pré-frontal. Essa região é responsável pela memória, planejamento e organização das atividades. É responsável também pelo sistema inibidor em que controla atividades e atitudes, mostrando o que é ou não adequado para o ambiente.

O tratamento do TDAH envolve uma equipe multidisciplinar, associado com o uso de medicamentos, intervenções psicoterapêuticas e psicoeducativas. Os pais não devem ignorar os sintomas, estejam atentos e procurem ajuda.

Edneia Dothling Linhares

Psicóloga CRP 23/1138

Pós Graduada em Psicopedagogia

Pós Graduação em andamento em Neuropsicologia

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(63)98471 9103

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